Como escolher o primeiro baralho de Tarô?
Tarô: Qual é o melhor?
Essa é outra dúvida muito comum. Existem baralhos variados, como o clássico Tarô de Marselha, o Rider-Waite-Smith ou o místico Tarô de Crowley. Cada um tem sua linguagem visual e energética, mas o mais importante é encontrar um tarólogo que saiba se conectar com você e traduzir as mensagens do Tarô de forma clara e objetiva.
Quando estamos começando a estudar o Tarô, é comum surgir a dúvida: qual baralho escolher? Afinal, hoje em dia existe uma infinidade de opções, desde os tradicionais até os mais criativos, como o Tarô dos Zumbis! Mas, para quem está começando, a melhor recomendação é optar por um clássico, como o Tarô de Marselha ou o Rider-Waite-Smith (RWS).
O que é um verdadeiro Tarô?
Para ser considerado um Tarô, o baralho precisa ter 78 cartas, divididas em 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores, que se organizam nos quatro naipes: espadas, paus, copas e ouros. Isso é fundamental! Muitos baralhos que vemos por aí podem ser lindos, mas se não seguirem essa estrutura, são considerados oráculos, e não um verdadeiro Tarô.
O clássico Tarô de Marselha
O Tarô de Marselha é um dos baralhos mais antigos e populares ainda em uso. Ele tem suas raízes na cidade de Marselha, na França, que foi um dos maiores centros de produção de tarôs nos séculos 17 e 18. Apesar de terem sido criados por diferentes editores, os desenhos dos baralhos de Marselha são muito parecidos – e o autor original ainda é um mistério.
Entre outros baralhos históricos, como o famoso Visconti-Sforza do século XV, o Tarô de Marselha continua sendo o favorito de muitos leitores por sua simplicidade e simbologia universal. Vale dizer que o Visconti-Sforza é mais comum entre colecionadores e estudiosos, e suas cartas originais estão preservadas em museus.
No Tarô de Marselha, os Arcanos Maiores trazem figuras simbólicas bem reconhecíveis, enquanto os Arcanos Menores possuem uma apresentação mais abstrata: os símbolos (espadas, copas, paus e ouros) aparecem em padrões geométricos, sem ilustrações de cenas. Isso exige um conhecimento mais profundo de cada carta para interpretar o significado.
O Tarô Rider-Waite-Smith (RWS)
Lançado em 1909, o Tarô Rider-Waite-Smith foi uma criação revolucionária no mundo do Tarô. Ele nasceu da colaboração entre o ocultista Arthur Edward Waite, que idealizou o baralho, e a talentosa artista Pamela Colman Smith, responsável pelas ilustrações. Ambos eram membros da Ordem Mística chamada Golden Dawn ("Aurora Dourada"), o que explica as influências esotéricas e simbólicas presentes no baralho.
O grande diferencial do RWS foi a inclusão de cenas ilustradas também nos Arcanos Menores. Enquanto no Tarô de Marselha os naipes são representados por padrões geométricos e símbolos repetidos, no RWS cada carta menor apresenta uma cena narrativa. Isso facilitou muito a vida dos estudantes e praticantes, trazendo mais clareza e inspiração durante as leituras.
Outro detalhe interessante é o Louco, carta que em muitos baralhos tradicionais não possui numeração. No Rider-Waite-Smith, o Louco recebe o número 0, conectando-o às ideias da Cabala e da alquimia, temas que permeiam profundamente a estrutura do baralho e suas interpretações.
Qual Tarô escolher?
A escolha do seu primeiro baralho é muito pessoal, mas optar por um modelo clássico é uma excelente estratégia para começar. Tanto o Tarô de Marselha quanto o Rider-Waite-Smith oferecem bases sólidas para o aprendizado e a prática.
Ambos são ferramentas poderosas para quem deseja se aprofundar no universo do Tarô. Experimente, sinta a energia de cada baralho e escolha aquele que ressoe com você!
Para quem está começando, é realmente uma boa ideia evitar os tarôs muito modernos, especialmente aqueles que se afastam significativamente da simbologia clássica. Esses baralhos, embora criativos e atraentes, podem dificultar o aprendizado inicial porque muitas vezes reimaginam ou reinterpretam os símbolos tradicionais de maneira que pode confundir um iniciante.
Tanto o Tarô clássico de Marselha quanto Waite-Smith oferecem uma base sólida para o estudo das cartas e sua simbologia. Após dominar os fundamentos e se sentir confortável com a leitura dos Arcanos Maiores e Menores de um destes sistemas, aí sim é interessante explorar tarôs mais modernos, que oferecem uma visão criativa e única. Isso se torna uma experiência enriquecedora, pois o estudante já terá uma base sólida para comparar, interpretar e adaptar os novos simbolismos às suas leituras.
Ou seja, começar com os clássicos é como aprender a tocar violino estudando os grandes mestres antes de explorar composições mais experimentais. A tradição dá o alicerce para a criatividade fluir depois. ✨🎻
Pamela Colman Smith
Pamela Colman Smith, a mente criativa responsável pelas ilustrações das cartas de tarô Rider-Waite-Smith.
Tarô de Crowley
Lançado em 1944 pelo ocultista Arthur Crowley em parceria com a artista Lady Frieda Harris, o Tarô de Crowley traz uma proposta ousada, tanto nos desenhos quanto na interpretação. Crowley, que era egresso da Golden Dawn (mesma ordem esotérica de Arthur Waite e Pamela Colman Smith), ficou conhecido como o maior mago do século XX. Sua figura sempre gerou polêmica, especialmente por revelar segredos da Golden Dawn, apesar de seu voto de silêncio.
Junto com Frieda Harris, Crowley criou um baralho carregado de visões pessoais, refletindo o contexto histórico da época. Entre as mudanças, destacam-se as interpretações que Crowley afirmava ter recebido diretamente do deus egípcio Toth. Alguns arcanos maiores tiveram seus nomes alterados e as figuras da corte foram modificadas: os reis viraram cavaleiros, as rainhas foram mantidas, os cavaleiros originais tornaram-se príncipes e os valetes, princesas. A carta O Julgamento, que tradicionalmente remete à visão cristã do apocalipse, foi renomeada para O AEON, fazendo alusão à nova era.
Arcanos Maiores - Introdução
As 22 cartas conhecidas como Arcanos Maiores no Tarô, também chamadas de tarocchi ou trionfi na Itália e triomphes ou atouts na França, são um conjunto único dentro do baralho de Tarô.
Nos jogos mais antigos que temos registro, como o Visconti Sforza (1440) e o Gringonneur (1455), essas cartas não vinham numeradas. A estruturação e a compreensão do papel dessas cartas evoluíram com o tempo.
Mesmo em versões posteriores onde as cartas foram numeradas, sua sequência não é imediatamente clara ou intuitiva como acontece com os 56 Arcanos Menores. Talvez por isso, os Arcanos Maiores não tenham sido amplamente utilizados nos jogos e entretenimentos populares, sendo frequentemente descartados em favor de cartas com funções mais diretas. O único resquício dos Arcanos Maiores no baralho comum que usamos hoje em dia é o Coringa, também conhecido como Trunfo, que está diretamente ligado ao Louco, a única figura que tradicionalmente não recebe número.
No entanto, para estudiosos e praticantes do Tarô, os Arcanos Maiores são uma fonte rica de simbolismo e significados profundos. Diversos arranjos e sistemas de interpretação foram propostos ao longo dos séculos, demonstrando a flexibilidade e a profundidade simbólica que essas cartas oferecem para quem busca explorar seus mistérios.
Estrutura do Baralho de Tarô
78 cartas que chamamos de ARCANOS.
ARCANOS MAIORES: 22 CARTAS ARCANOS MENORES: 56 CARTAS
Arcanos = Mistérios
22 arcanos maiores= 22 mistérios maiores - questões mais abrangentes, da nossa jornada aqui na Terra.
56 arcanos menores = 56 mistérios menores - questões mais relacionadas ao nosso cotidiano, etapas a cumprir, comportamentos e coisas mais específicas e pontuais.
Os 22 Arcanos Maiores são divididos em 21 cartas numeradas e uma sem número (O Louco). São eles:
1. O Mago
2. A Papisa
3. A Imperatriz
4. O Imperador
5. O Papa
6. Os Amantes
7. O Carro
8. A Justiça
9. O Eremita
10. A Roda da Fortuna
11. A Força
12. O Enforcado
13. A Morte
14. A Temperança
15. O Diabo
16. A Torre
17. A Estrela
18. A Lua
19. O Sol
20. O Julgamento
21. O Mundo
0 ou 22. O Louco
Arcanos Menores - Apresentação
O conjunto de 56 cartas — modernamente denominadas “Arcanos Menores” — é constituído por quatro grupos de 14 cartas, cada um deles com a mesma seqüência de 10 cartas numeradas de 1 a 10 e mais quatro figuras: Valete (ou Pajem), Cavaleiro, Rainha (ou Dama) e Rei, também conhecidas como figuras da corte.
Cada grupo de 14 cartas possui um diferencial simbólico: bastão, moeda, espada e taça.
Esses grupos são popularmente reconhecidos como naipes de paus, ouros, espadas e copas, os mesmos do baralho comum que utilizamos nos jogos e passatempos.
Os naipes, ou séries, têm inúmeras correspondências, por exemplo, aos quatro elementos da Astrologia e da Cabala: fogo (paus), terra (ouros), ar (espadas) e água (copas).
Há quem veja, inclusive, analogia com as quatro classes sociais da Idade média:
clero (copas), nobreza (espadas), comerciantes (ouros) e camponeses (paus).
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